1.7.15


O importante não é vencer todos os dias, mas lutar sempre.

O LIVRO É O MELHOR AMIGO DO HOMEM – Hoje, 1 de julho, tem início a edição de 2015 da Feira Literária de Parati, popularmente conhecida como FLIP. É a maior feira literária do país, e graças ao sucesso de sua realização, já inspirou diversas outras cidades a realizarem feiras similares. Sem dúvida, a FLIP é um sucesso.  Quem vê pode até achar que o cidadão brasileiro é um grande leitor de livros. Mas, não é bem assim. Um dia antes do início da FLIP o Ministro da Cultura Juca Ferreira conccedeu entrevista em Brasília onde fez um desabafo: “É uma vergonha que cada brasileiro leia apenas 1,7 livro por ano!”. E esse calculo inclui os livros de auto-ajuda. O desabafo do Ministro aconteceu durante a abertura do Seminário Internacional que tem por objetivo tabelar o preço dos livros lançados no Brasil.

É uma pena que o brasileiro leia tão pouco.  Ler um bom livro é algo tão prazeroso, tão dignificante. Mas nem todo mundo teve a oportunidade de descobrir o enorme prazer que existe em ler um livro. Sem falar nos dividendos intelectuais e espirituais  que a leitura nos concede. Eu adoro ler. Se pudesse, tivesse tempo disponível, dedicaria minha vida aos livros. Passaria o dia inteiro lendo um livro atrás do outro.






O SOL É PARA TODOS – Nesse momento estou lendo um clássico da literatura americana, “O sol é para todos”, publicado originalmente em 1960 e que tem uma trajetória toda especial na história da literatura. Foi um sucesso instantâneo desde o lançamento e, até hoje, vende anualmente mais de um milhão de exemplares apenas nos países de língua inglesa, chegando a ganhar o Pulitzer, o maior prêmio literário dos Estados Unidos. E, sobre o livro, há uma curiosidade: a autora, Harper Lee, hoje com 90 anos, jamais escreveu outro livro. “O sol nasceu para todos” é o único livro da sua carreira.

Harper Lee foi grande amiga do escritor Truman Capote. Os dois andavam sempre juntos e ela era sua confidente. No filme “Capote”, sobre os eventos que o levaram a escrever “A sangue-frio”, a personagem Harper Lee é interpretada pela atriz Catherine Keener. Certamente influenciada pela convivência com o escritor, Harper decidiu escrever um livro, sem imaginar que a sua criação iria fazer tanto sucesso. Um sucesso tão grande que parece ter provocado ciumeiras no seu amigo famoso, pois logo depois do lançamento a amizade ficou estremecida, sem nunca mais ter voltado a ser como era antes.  

Agora a Editora José Olympio está mandando para as livrarias uma edição novinha dessa obra-prima que conta uma história que nunca saiu de moda nos Estados Unidos: os conflitos raciais. O livro narra a infância de uma garota, que conta aos leitores as aventuras de sua vida de menina, culminando com um caso que marcou sua vida para sempre: o momento em que seu pai, um advogado idealista, decide defender um rapaz negro acusado injustamente de abusar sexualmente de uma mulher branca, na cidadezinha onde viviam, no estado do Alabama. Os sentimentos da menina, sua admiração pela coragem do pai, sua aversão ao racismo, sua visão ao mesmo tempo crítica e ingênua da sociedade complexa em que vive, envolvem o leitor e tornam o livro fascinante. Obviamente, a história é inspirada na infância da autora.

A adaptação para o cinema, feita logo após o lançamento do livro, resultou num filme bem sucedido, estrelado por Gregory Peck, no papel de Atticus Finch, o advogado que, naqueles tempos nem tão diferentes de hoje, cometeu a heresia de defender um homem negro. Por sua atuação o ator ganhou o Oscar de Melhor Ator de 1962. Recentemente os mil e quinhentos membros do American Film Institute escolheram o advogado Atticus Finch como o maior herói de toda a história do cinema americano. “O sol é para todos”, com sua leitura fácil, sua trama envolvente e seus personagens admiráveis é leitura obrigatória para todos que amam a literatura. E o filme é um clássico do cinema.



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