28.3.13



UM ATLETA BRASILEIRO - Na música em que homenageia os lutadores brasileiros, Caetano Veloso esqueceu de citar Leonardo Leite. Fica para outra oportunidade. Além do que, Leo Leite merece uma música só para ele. Campeão mundial de judô e Jiu-jitsu, o atleta sempre se destacou nas duas modalidades. Sempre muito elegante com seu quimono, que veste com uma classe que só ele possui. Aliás, elegante é uma palavra que traduz não só o comportamento como atleta, mas também sua personalidade e caráter. É um grande atleta e também um grande sujeito. Agora ele se prepara para encarar um novo desafio: o mundo do MMA, artes marciais misturadas. Vai seguir o mesmo caminho de lutadores como Vitor Belfort, Júnior Cigano, Lyoto Machida e Rodrigo Minotauro que migraram do Jiu-jitsu, que é basicamente uma competição esportiva que rende medalhas, para o MMA, que é um  show de lutas de caráter comercial, que rende bons salários aos competidores.  Agora em vez de quimono Leo vai lutar de sungão!

Leonardo Leite luta dia 5 de Maio na Copa Pódio de Jiu-jitsu – Grand Prix dos Pesos Leves, no Clube Hebraica, no Rio. Ele vai fazer a luta de abertura do torneio, tendo como adversário o lutador Rodolfo Vieira. Sem dúvida será um espetáculo imperdível.  A Copa Pódio vai ter, como luta principal, um embate entre dois grandes atletas, seguidores fiéis da cartilha dos Gracies, onde cada um vai representar sua cidade natal: Bráulio Estima vai lutar por Recife e Xande Ribeiro vai defender Manaus. 

27.3.13


Lyoto Machida é um dos lutadores citados por Caetano Veloso na letra da música “A Bossa Nova é foda”. Na foto acima, de Marcelo Alonso,  Machida aparece bebendo um gole da sua própria urina. Descendente de japoneses, ele acredita que esse hábito faz bem à saúde.


A BOSSA NOVA É FODA - Certa vez escrevi uma reportagem muito bacana sobre a família Gracie para a revista VOGUE RG. Tomando como base uma informação da revista TIME de que mais de um milhão de americanos já praticam o “brazilian jiu-jitsu”, minha reportagem falava basicamente do sucesso da família Gracie e sua arte-marcial entre os americanos. Pois bem. No texto escrevi que o sucesso do Jiu-jitsu nos Estados Unidos era comparável ao da Bossa Nova, o ritmo musical brasileiro que encantou os americanos nos anos 60. Mas o trecho onde escrevi isso foi cortado pelo editor da revista. Ele adorou minha reportagem, deu destaque especial na edição da revista, mas cortou o pedaço onde eu comparava o sucesso do Jiu-jitsu com a Bossa Nova. “Isso é exagero de sua parte”, disse ele. Na época, pouco mais de dois anos atrás, achei que ele tinha razão. Sempre fui fã dos atletas da família Gracie e acreditei que o editor estava certo. Eu estava exagerando!

Mas nada como um dia atrás do outro e a noite no meio para separar, como gosta de dizer minha querida mãe. No novo disco de Caetano Veloso tem uma música chamada “A bossa nova é foda”, em que a letra cita o nome de alguns dos maiores lutadores de MMA do Brasil. Todos oriundos do Jiu-jitsu popularizado pelos Gracies. Vitor Belfort, Júnior Cigano, José Aldo, Lyoto Machida e Rodrigo Minotauro começaram suas vitoriosas carreiras lutando Jiu-jitsu.

O bruxo de Juazeiro numa caverna do louro francês 
(quem terá tido essa fazenda de areais?) 
fitas-cassete, uma ergométrica, uns restos de rabada. 
Lá fora o mundo ainda se torce para encarar a equação 
pura-invenção/dança-da-moda. 
A bossa nova é foda. 

O magno instrumento grego antigo 

diz que quando chegares aqui 
que é um dom que muito homem não tem 
que é influência do jazz 
e tanto faz se o bardo judeu romântico de Minesota, 
porqueiro Eumeu o reconhece de volta a Ítaca: 
a nossa vida nunca mais será igual 
Samba-de-roda, neo-carnaval, 
Rio São Francisco, Rio de Janeiro, canavial. 
A bossa nova é foda. 

O tom de tudo comanda as ondas do mar,

 ondas sonoras com que colore no espacial.
 homem cruel destruidor, de brilho intenso, monumental, 
deu ao poeta, velho profeta, 
a chave da casa de munição.
O velho transformou o mito das raças tristes 

Em Minotauros, Junior Cigano, em José Aldo, 
Lyoto Machida, Vítor Belfort, 
Anderson Silva e a coisa toda: 
a bossa nova é foda.

O CD de Caetano é  gostoso de ouvir e o show de lançamento, no Circo Voador, foi super bacana. As músicas são bonitas, inteligentes e um tanto quanto melancólicas. O público jovem que assistiu ao show cantava todas as músicas novas e vibrou quando o artista citou o nome dos lutadores na letra de sua canção. Também aconteceu uma manifestação muito bonita por parte do público, quando numa das músicas Caetano falou de sua mãe, Dona Canô. O público aplaudiu o nome dela com fervor e esse foi o momento do show em que ele pareceu mais feliz.


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