28.9.11


No pôquer, olhar o jogo do adversário no reflexo do vidro atrás dele é trapacear. Em política, é antecipar.


A MALDIÇÃO DE EDGAR - Li a frase acima num livro chamado A maldição de Edgar, do escritor Marc Dugain. Estou me deliciando com o livro que conta a história de John Edgar Hoover, o sujeito que durante meio século foi o homem forte do FBI. O livro não tem nada a ver com o filme de Eastwood, sobre o mesmo personagem. É uma versão romaceada da história, supostamente contada por Clyde Tolson, o secretário e amante de Hoover, que ele chamava carinhosamente de Júnior.

É impressionante saber que por cinco décadas o poderoso FBI, uma espécie de Polícia Federal americana, foi comandado por um casal gay.

Hoover e Tolson foram duas bichas ardilosas e tiranas. Elas foram implacáveis. Perseguiram políticos, artistas, congressistas, intelectuais e todos que não se enquadravam nos seus padrões morais. Eram bichas moralistas, conservadoras. E malvadas! Faziam escutas telefônicas ilegais e depois chantageavam as pessoas. Eram homofóbicos e racistas. Certa vez Hoover disse que "se um crime foi cometido com elegância e classe o criminoso jamais seria um crioulo". Noutra ocasião quando lhe perguntaram por que não havia negros entre os agentes do FBI ele respondeu: "O meu motorista é negro". Hoover tinha teorias próprias sobre a criminalidade e certa vez afirmou: "Se um crime foi cometido com frieza, paciência e senso de oportunidade, certamente o criminoso é uma mulher".

O chefão do FBI e seu namorado gravaram a mulher do Presidente Franklin Roosevelt na cama com o amante mais jovem e "deram um jeito" do Presidente americano ficar sabendo. É incrível como "as duas" eram cheias de rígidos padrões morais. Viviam incomodados por que Eleonor Roosevelt era uma ativista dos direitos civis e ficaram indignadas por que a primeira dama também gostava de se relacionar com mulheres. Hoover e seu amante achavam isso um absurdo, já que defendiam ardorosamente os padrões "tradicionais" da família americana. Reprimiam com fervor a homossexualidade alheia, a infidelidade conjugal e as idéias liberais. Achavam que só elas podiam ser homossexuais. A primeira dama também não suportava Hoover e chamava o FBI de Gestapo.

(Homossexuais quando são reacionários e conservadores, são as pessoas mais perigosas que podem existir na face da terra. O mundo está cheio de bichas e lésbicas como Hoover e Tolson...)

A frase sobre o pôquer e a política é citada no livro quando Hoover grava conversas do jovem John Kennedy. Na época ele nem imaginava que um dia John pudesse vir a ser o Presidente. Mas desde sempre Hoover perseguia o pai de John, Joe, um arrivista ambicioso que ele não queria ver morando na Casa Branca. Joe Kennedy era um danadinho. "Esse cara já viu mais traseiros que um vaso sanitário", disse Hoover, quando quis descrever o furor sexual do machão Joe que, quando se aventurou a ser produtor de cinema, comeu muito a Glória Swanson. Hoover mandou agentes do FBI seguir os amantes e gravar as conversas telefônicas dos dois. O homem forte do FBI considerava Hollywood um antro de pervertidos e comunistas.

Comunistas! Hoover e Tolson tinham conseguido o prodígio de nunca definir o que era, exatamente, o comunismo. Tratava-se de um termo genérico em que eles se apoiavam para denunciar todo comportamento, toda atitude, todo pensamento, toda intenção desviante. Agrupava todas as formas de ações políticas e sociais que iam contra a América e que, de um jeito ou de outro, incitava à subversão. Não definir limites para o que era exatamente o comunismo era um modo que eles tinham de fazer entrar quem eles quisessem nesse espectro moralizador e de marginalizar os recalcitrantes.



Dentro desse raciocínio eles perseguiram Charles Chaplin, os escritores Pearl Buck, Thomas Mann, Ernest Hemingway, Aldous Huxley, Arthur Miller e Tennessee Williams. Classificavam os livros de John Steinbeck como "literatura de sarjeta que tenta passar uma imagem sórdida da América". Truman Capote, um escritor de língua ferina, também foi perseguido depois de ter chamado Hoover e Tolson de "Johnny and Clyde". Era uma referência ao casal Bonnie and Clyde, lendária dupla de assaltantes de banco.



Assim caminha a América!


Compre A maldição de Edgar no link: http://www.record.com.br/livro_sinopse.asp?id_livro=18677


25.9.11





O homem chega à sua maturidade quando encara a vida com a mesma seriedade que uma criança encara uma brincadeira.






MIXED MARTIAL ARTS - Anderson Silva, o grande lutador, é o astro convidado do novo videoclipe de Marisa Monte. "Ainda bem", é a música de lançamento do novo CD da cantora. A música é linda, Marisa está cantando cada vez melhor e o Anderson Silva deu um charme todo especial ao video clipe.













CICLOVIA STUART ANGEL - A ciclovia do bairro da Urca foi batizada com o nome de Stuart Angel, um dos ícones da resistência à ditadura militar no Brasil. A iniciativa foi da Secretaria do Meio Ambiente e também do Vice-Prefeito Carlos Alberto Muniz que, na juventude, foi amigo pessoal de Stuart. "Nós estávamos juntos momentos antes dele ser preso", lembrou Muniz, emocionado, durante o seu discurso, antes de descerrar a placa com o nome do homenageado. Foi uma cerimônia simples, mas muito bacana. Representando a família de Stuart estava a minha querida e adorada Hildegard Angel, que reuniu um grupo de amigos animados e também personagens sempre presentes na sua coluna.



Verinha Bocayuva, que na juventude também foi guerrilheira, com o codinome de Vera Boca, estava lá, linda e maravilhosa. Sempre com seu humor cativante. A querida jornalista Andréa Cardoso. O fotógrafo Sebastião Marinho contando que havia detestado o Rock In Rio. "Aquilo lá é um negócio pra doido. Cem mil pessoas enlouquecidas num mesmo lugar. Deus me livre!", dizia ele, num tom aflito. Claude do Amaral Peixoto, com tendinite, usava uma bota ortopédica que lhe foi emprestada por Camila Pitanga. A gloriosa Beth Wynston comentando as comemorações do aniversário de Hildegard Angel, que tinha sido no dia anterior. E mais Pedrinho Aguinaga, Miriam Gagliardi, Leleco Barbosa, Vicente Mantuano, Alda Soares, Cookie Richers, Marcelo Itagiba...



Em sociedade tudo se sabe, dizia o saudoso Ibrahim. A presença de Aspásia Camargo, deputada do PV, provocou comentários sussurrantes. O que se dizia é que a deputada vai disputar a eleição para a Prefeitura do Rio. Línguas nem tão ferinas diziam que, assim que percebeu o namoro do PV com a vereadora Andréia Gouvea Vieira para lançá-la candidata, Aspásia Camargo se rebelou com o partido e bradou: "A nêga é minha, ninguém tasca eu vi primeiro". A "nêga", no caso, seria a Prefeitura do Rio. E o que é que "o nosso" Eduardo Paes acha disso?



Bem... Eduardo Paes, o nosso queridíssimo Duda Paes, roubou a cena na inauguração da ciclovia. Ele estava engraçadíssimo, fez gracejos com todos, divertiu a platéia e quebrou o protocolo. "Eu vim pedalando da Gávea até aqui. Estou morto de cansado. Quando acabar a cerimônia de inauguração eu vou pedir para o vice assumir a Prefeitura que eu vou desabar quando chegar em casa". Quando o locutor anunciou o discurso do vice-prefeito Duda Paes tomou o microfone e pediu licença para quebrar o protocolo. "Eu vou falar primeiro e o vice fala por último", disse antes de enaltecer a trajetória de Stuart Angel e dizer que foi graças a pessoas como ele, que lutaram pela democracia, que, nos dias de hoje, ele pode fazer política livremente e ser Prefeito do Rio de Janeiro.



Duda Paes contou que, enquanto pedalava em direção à Urca, ouvia a música do grupo mexicano Maná. "Aquele que vai tocar Sábado no Rock in Rio", explicou o Prefeito, enquanto elogiava a música da banda. O grupo Maná tem dois grandes sucessos no Brasil, as músicas Vivir sin aire e Lábios compartidos. Mas a canção que Duda Paes citou em seu discurso foi Desaparecidos, "uma música que tem tudo a ver com a história de Stuart Angel". Certamente no próximo Sábado o Prefeito vai estar na platéia do rock vibrando com o som do grupo Maná.










22.9.11


O amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são.
MEMÓRIAS DE UMA BICHA MÁ - Interpretar papéis de personagens homossexuais no cinema quase sempre rende prêmios aos atores. Sean Penn ganhou o Oscar por sua atuação como Harvey Milk, William Hurt foi laureado por sua atuação no filme O beijo da mulher aranha e Tom Hanks ganhou pelo filme Filadélfia. E a pergunta que não quer calar nos bastidores de Hollywood, nesse momento, é: será que Leonardo DiCaprio vai finalmente ganhar o seu merecido Oscar? É que no próximo dia 9 de Novembro vai estrear nos cinemas americanos o novo filme de Clint Eastwood. E o protagonista é Leonardo Di Caprio que faz o papel de uma das bichas mais poderosas da história da pederastia. Di Caprio interpreta John Edgar Hoover, o homem que foi diretor do FBI durante 48 anos.


J. Edgar Hoover foi uma bicha maligna e dissimulada que transformou o FBI na mais importante organização policial do mundo. Fez fama perseguindo gangsters na década de 30, mas também perseguiu congressistas americanos de oposição, reprimiu líderes negros que lutavam contra o racismo e foi implacável com comunistas e esquerdistas. E last, but not at least, foi implacável com os homossexuais do seu tempo, apesar dele mesmo ser um homossexual. Durante quase todo o tempo em que esteve à frente do FBI, Hoover teve um caso com seu secretário Clyde Tolson. Não é incrível? Foi uma Biba que transformou o FBI numa das maiores instituições americanas.


O roteiro é de Dustin Lance Black, o mesmo roteirista de Harvey Milk, um escritor gay que se dedica a pesquisar a vida de homossexuais relevantes da história americana. E o ponto de partida do filme de Clint Eastwood é a controversa sexualidade de umas das figuras mais poderosas (e tiranas) da América no século passado. Com esse personagem tão cheio de nuances Leonardo DiCaprio tem tudo para faturar seu merecido Oscar.


Mas ninguém pense que essa é a primeira vez que que Leonardo DiCaprio interpreta um personagem gay da história americana. No filme O aviador o ator vive o excêntrico milionário Howard Hughes. Mas o filme de Martin Scorcese, diferente do livro biográfico que o inspirou, esconde toda a homossexualidade do personagem. Mostra o milionário apenas como um galã sedutor de estrelas de Hollywood.




Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos.



POP LIVROS - Já esta à venda na internet o e-book do meu livro Amei um Pitboy. Portanto, queridos leitores, peguem seus adoráveis cartões de crédito e cliquem no site da Loja Singular ou então no site da Livraria Saraiva. Lá vocês podem comprar a versão digital ou a versão impressa do livro. Nas livrarias, a nova obra-prima da literatura brasileira, começa a chegar nos próximos dias. O livro foi pensado como um produção digital, tendo como prioridade a leitura pelo computador. Por isso os contos são curtos e as letras grandes, para facilitar a leitura em tela de plasma. Dia 11 de Outubro, véspera do feriado, a Editora Faces, que está lançando o livro pelo selo Pop Livros, vai promover uma noite de autógrafos na Boate Fosfobox, com direito a uma super festa com o som do DJ da casa. Vai ser a partir das 21 horas e os leitores deste blog estão todos convidados.



Link da Loja Singular:



http://www.lojasingular.com.br/contos/amei-um-pitiboy_9788563609168.html



Link da Livraria Saraiva:



http://migre.me/5LoYc




As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.



MORA NA FILOSOFIA – Essa noite sonhei que estava no meio de uma guerra. Eu estava num bosque, em meio a um grupo de soldados. Então um deles, que seria meu amante, me disse: “Foge que os ingleses estão chegando”. Então eu começava a correr por entre um bosque, enquanto aviões militares cruzavam o céu de modo assustador. Numa estrada ao longe eu via tanques de guerra. Bombas começavam a explodir à minha volta. Eu não parava de correr e me sentia cansado e angustiado. Olho para trás e vejo os soldados que estavam comigo serem dizimados pela artilharia. Pânico! Corro apavorado e penso no meu pobre amante. Chego num vilarejo. Bombas ainda explodem por ali. Encontro um surfista que parece não estar dando a menor importância ao bombardeio.. Ele me aponta um caminho para a fuga, mas eu não consigo achar a saída. Enquanto isso bombas explodem cada vez mais perto... Acordo aflito, angustiado e cansado!


Eu sonho todas as noites.


A guerra ficou na minha imaginação desde a última aula do Rafael Haddock-Lobo, no Instituto de Filosofia. Rafael é um professor genial e suas aulas são disputadas pelos alunos. Na sua concepção, a filosofia sempre é algo fascinante. Nesse semestre estamos estudando Assim Falou Zaratustra, o livro de Friedrich Nietzsche. Com sua sabedoria e sua autêntica paixão pela filosofia, Haddock-Lobo faz uma série de palestras onde nos mostra as inúmeras interpretações possíveis do delírio filosófico de Nietzsche.


Na última palestra o professor, usando como gancho o pensamento do filósofo alemão, fez uma série de considerações sobre a paz e os movimentos pacifistas. “Aqui no ocidente as pessoas ficam falando de paz, ficam tentando negociar a paz entre os homens. Mas será que o homem quer mesmo a paz? Não seria a beligerância uma necessidade do ser humano? Ir para a guerra não seria algo inerente ao homem?” O assunto rendeu muita discussão. O fato é que as considerações do Professor Rafael me tocaram particularmente. Tanto que me provocaram pesadelos.


Filosofar provoca pesadelos!


Sempre achei que o conflito entre israelenses e palestinos é algo que faz parte da cultura desses dois povos. “Quando um não quer, dois não brigam”, costumava filosofar minha mãe quando eu era criança. Acredito que eles nunca vão viver em paz, por que são povos que cultivam a cultura do ódio. Aquilo parece dar vida aqueles povos. Ao interpretar a filosofia de Hegel, outro filósofo alemão, podemos alegar que a paz é uma utopia, um sonho romântico que não tem nada a ver com a verdade do ser humano.

21.9.11










A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que percorremos para encontrá-la.






FÁBULA PARA UMA PERIGUETE - Um dia, a rosa encontrou a couve-flor e disse: Que petulância te chamarem de flor! Veja sua pele: é áspera e rude, enquanto a minha é lisa e sedosa. Veja seu cheiro: é desagradável e repulsivo, enquanto o meu perfume é sensual e envolvente... Veja seu corpo: é grosseiro e feio, enquanto o meu é delicado e elegante. Eu, sim, sou uma flor!
E a couve-flor respondeu: Queridaaaaa!!! Acordaaaa!!! De que adianta ser tão linda, se ninguém te come?
Moral da história: auto estima é tudo!!!



MORRE SARNEY - Fiquei decepcionado com o Ato Anticorrupção na Cinelândia. Confesso que esperava muito mais gente. Achava que ia encontrar uma multidão, trânsito engarrafado, tumulto no centro da cidade. A manifestação dos bombeiros foi muito mais movimentada. Ao mesmo tempo, o grupo de indignados ali presente valia por dez. Havia faixas, cartazes, palavras de ordem. E uma vontade muito grande de pôr os políticos corruptos em seus devidos lugares. Atrás das grades, por exemplo.



Quem mais chamou minha atenção foi um rapaz bonito que segurava um cartaz onde estava escrito "Morre Sarney". Fiquei fã dele. Para mim José Sarney é o maior exemplo do que há de mais podre na política brasileira. Sarney é um gangster. Um miliciano. É uma afronta aos cidadãos brasileiros que esse sujeito seja o Presidente do Congresso. É duro ter que engolir um pilantra desses cagando regras sobre a vida brasileira. Claro que temos muitos outros. Mas sinhôzinho Sarney é um ícone da corrupção descontrolada por que passa o Brasil. Ele é o principal exemplo em que os outros corruptos se miram. o Al Capone do PMDB...



No final do Ato, depois que as pessoas cantaram o Hino Nacional eu ouvi uma mulher toda paramentada de verde e amarelo comentar com um homem que estava ao seu lado, num tom de frustração: Se isso aqui fosse uma Parada Gay tenho certeza como teria muito mais gente. O fato de ter tido pouca gente na manifestação não significa que as pessoas não estejam indignadas com a corrupção. Significa, ao meu ver, que esse tipo de manifestação já teve sua época. Hoje a população prefere mostrar sua indignação de outras formas. Através da Internet, por exemplo.



17.9.11



O pudor inventou a roupa para que se tenha mais prazer com a nudez.

A PALAVRA É... PERIGUETE – Salve, salve. O assunto do momento nos salões de cabeleireiros de todo o Brasil é um só: a palavra “periguete” já está no dicionário. Foi lançado na última Bienal do Livro o novo Aurélio com a palavra “periguete” entre outros novos verbetes. As tais periguetes não param de jogar suas cabeleiras escovadas de um lado para o outro. Estão todas em festa. Afinal, o assunto foi destaque nos telejornais. E agora todas elas se sentem reconhecidas no seu direito de ser periguete.

O “Aurélio” define “periguete” como “moças ou mulheres que, não tendo namorado, demonstram interesse por qualquer um”. Eu diria que a definição que o Aurélio dá ao termo é um tanto quanto “perigosa”. É uma definição muito simplória e, talvez, um tanto quanto apressada. Acho que faltou mais pesquisa por parte do dicionarista para definir o termo. Periguete é muito mais do que uma mulher que não tendo namorado, demonstra interesse por qualquer um. Até por que, muitas até tem namorado, mas, mesmo assim, demonstram interesse por qualquer um...

Eu definiria periguete como “uma moça ou mulher que oferece perigo a quem está à sua volta”. Essa é a principal característica da periguete: ela oferece perigo. Claro que a periguete tem todo um jeito de se vestir. Uma maneira de ser. Um jeito de sorrir. Visualmente, ela tem características próprias. Um corte de cabelo específico. A tonalidade do batom. Um detalhe da roupa ou da maquiagem. A periguete também se destaca pela personalidade, ou melhor, pela falta dela. E, também, é claro, pelo caráter. Quer dizer, pela falta de caráter... A periguete é interesseira, falsa, dissimulada, egoísta, sonsa... Mas, verdade seja dita, costuma fazer muito sucesso com os homens. É que toda periguete é uma cachorra na cama...

Mas, independente do visual, a característica que, na essência define a periguete, é o fato dela oferecer perigo a quem estiver por perto. Se estiver com uma amiga, ela oferece perigo a essa amiga. Se estiver no bar e pedir um drinque ao garçom, ela oferece perigo ao garçom. Se estiver na rua e pegar um táxi, ela oferece perigo ao taxista. (Não é Rose Karenine?) Como uma serpente venenosa, ela pica (sem trocadilho) quem estiver por perto. Na maioria das vezes ela nem faz isso por mal. É que faz parte da sua natureza ...

O blog Costume Vicioso, com um texto observador e bem humorado, publicou uma lista para ajudar um leigo a identificar uma periguete. Talvez na próxima edição do Aurélio o termo possa ganhar uma definição mais abrangente, mais volumosa, que permita uma melhor identificação dessa exótica figura, que é tão característica da vida moderna.

Segundo o Costume Vicioso:


Periguete não dorme, cochila;
Periguete não liga, dá toque;
Periguete não guarda celular na bolsa, deixa em cima da mesa de qualquer lugar onde ela esteja;

Periguete não se veste, se prepara;
Periguete não tem carro, tem carona;
Periguete não dança, zoa;
Periguete adora um "vai rolar" ou "não rolou";
Periguete nunca sabe como nem com quem vai voltar da festa;
Periguete nunca leva dinheiro, mas tá sempre com uma bebida na mão;
Periguete adora fazer biquinho nas fotos;
Periguete adora um salto de acrílico;
Periguete adora a marca da calcinha do biquini aparecendo (ui);
Periguete adora um decote profundo com sutiã de enchimento;
Periguete adora um corpetezinho jeans e calça jeans com muuuito strech;
Periguetes ficam putas (mais ainda) quando alguém define o que são periguetes

14.9.11





Não há melhor fragata que um livro para nos levar a terras distantes.











Escrever é transformar os seus piores momentos em dinheiro.


BERÇÁRIO DE TALENTOS - Jovens escritores em busca de seus leitores. Assim é a turma de um movimento chamado Berçário de Talentos, coordenado pelo escritor Zeca Fonseca. Um movimento que reúne uma garota que tem compulsão por escrever. O primeiro resultado desse movimento é o livro Sexo para iniciantes, uma coletânea de treze contos escritos por alguns dos mais talentosos representantes dessa turma. O sexo, tema comum a todas as histórias, foi escolhido pela própria editora. O próximo volume, a ser lançado no verão de 2012 com uma nova turma, terá como tema a tragédia. A tragédia para iniciantes.



Aline Miranda, Amanda Cinelli, Breno Barreto, Caio Fidry, Carina Bacelar, Giulia Rosa, Guido Arosa, Helena Dias, Jaqueline Neves, Juliana Maldonado, Lucas Vieira, Ricardo Cabral e Vanessa Raposo são os bebês literatos que fazem parte do berçário e tem suas histórias contadas no primeiro volume da série.


12.9.11









UMA LÁGRIMA PARA SPARTACUS - Triste! Morreu Andy Whitfield o ator que interpreta Spartacus, o melhor seriado da TV, no ar todos os domingos no canal FX. Descanse em paz, gladiador...



Spartacus é um excelente programa de TV. Nesses tempos de Ultimate Fighting, em que os gladiadores modernos lutam diante das câmeras de TV, Spartacus diverte exibindo sequencias de lutas ensaiadas, contando uma história fantasiosa da época em que os gladiadores eram escravos. O seriado é estiloso nos cenários, figurinos e locações. As cenas de luta são de extrema violência, mas, ao mesmo tempo, muito teatrais, dramáticas, quase operísticas. A direção usa e abusa de efeitos especiais e recursos da moderna tecnologia. O seriado tem a mesma linguagem/estética do filme 300, com Gerard Butler.



O Spartacus do seriado é um escravo que se torna um gladiador na esperança de conquistar a liberdade e poder reencontrar a mulher que ama. Andy Whitfield atuava com desenvoltura e carisma, mas carregava uma tristeza, uma melancolia, muito grande no olhar. Agora fico pensando se aquele olhar triste era atuação, ou era um reflexo da vida pessoal do ator, que estava doente desde 2010



Além da estética cheia de bossa, o seriado Spartacus tem um tempero erótico jamais visto na TV. Os gladiadores fortões andam seminus e, muitas vezes, as cenas de luta parecem cenas de sexo. Existe todo um erotismo na relação entre os personagens, sejam eles amigos ou inimigos. Num dos últimos capítulos, o chefe dos gladiadores, na intenção de humilhar Spartacus, urinou no chão e depois deu uma rasteira no herói, fazendo com que ele caísse com a cara na terra molhada. Noutra cena, depois de ameaçar atirar Spartacus de um precipício, o mesmo chefe dos gladiadores, dá uma pisada entre as virilhas do herói. No capítulo exibido ontem, durante uma briga por dinheiro, um gladiador apertou os testículos do outro, com direito a close na mão cheia de veias apertando o volume entre as pernas do opositor. Aliás, a câmera do seriado é sempre bem generosa na hora de mostrar o corpo dos gladiadores, todos atléticos e bonitões. Sob todos os aspectos, o seriado Spartacus é um delírio visual.



Há duas semanas o Telecine Cult exibiu o Spartacus, de Stanley Kubrick, um dos mais bem sucedidos épicos da história do cinema. Ali é Kirk Douglas quem dá vida a esse personagem da história antiga, que foi definido por Plutarco como "um homem inteligente e culto, mais helênico do que bárbaro".


11.9.11


Há duas fontes perenes de alegria pura: o bem realizado e o dever cumprido.






















LÁGRIMAS DA POLÍCIA - A Câmara dos Vereadores foi cercada por vários carros da policia na última Segunda-Feira. Houve quem pensasse que algum figurão lá dentro estava sendo preso. Mas não foi nada disso. É que o Vereador Marcelo Arar homenageou o Coronel da PM Robson Rodrigues da Silva com a Medalha Pedro Ernesto, por seu trabalho como coordenador de todas as UPPs do Rio de Janeiro. Atencioso com sua equipe de trabalho, o Coronel Robson fez questão de dividir a homenagem com seus soldados. Por isso, além da Medalha do Mérito a Câmara entregou 60 Moções de Agradecimento aos oficiais da equipe do Coronel. A cerimônia deixou o plenário parecendo uma academia militar, tal a quantidade de policiais fardados.


Em seu discurso Marcelo Arar afirmou que a criação das UPPs (Unidade de Policia Pacificadora) é o maior projeto de segurança pública já desenvolvido no Brasil pós-ditadura. E teceu elogios ao Coronel Robson que coordena e administra o funcionamento desse projeto.



Quem circulou muito à vontade entre os policiais foi Marie-Annick Mercier. A socialite francesa, presidente do Instituto Diálogo EuroBrasil, é uma grande entusiasta das nossas UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadora. Sua ONG promove ações sociais em várias favelas com UPPs e ela contava o quanto a vida das pessoas melhorou depois da criação desse projeto. "Eu nunca perdoei o Sarkozy por ele ter acabado com as UPPs na França", disse com seu charmoso sotaque frances. E alguém sabia que existiam UPPs na pátria de Brigitte Bardot?



Charmoso e elegante, o Coronel Robson é Mestre em Antropologia. Pareceu tímido ao falar em público, mas fez um discurso com tópicos interessantes. Elogiou sua equipe de trabalho. Disse que com as UPPs a população deixou de olhar a polícia como uma instituição repressora e passou a vê-la como uma instituição que promove a segurança e bem estar social. Provocou risos quando, ao declarar seu amor à Polícia Militar afirmou que "a PM é como se fosse uma droga da qual eu sou dependente". No final do discurso, ao falar de sua família, não conseguiu segurar o choro e emocionou a todos com suas lágrimas. Pois é. Os PM´s também choram.

10.9.11






DANÇAR PRA NÃO DANÇAR - O Festival de Cinema do Rio, que começa dia 6 de Outubro, vai exibir filmes muito legais. Pina, de Win Wenders, é um deles. É uma espécie de documentário do cineasta alemão sobre o trabalho da coreógrafa Pina Bausch. É um delírio visual com belas coreografias captadas pela câmera sensível de Wenders.

7.9.11

































































SETE DE SETEMBRO




A PARADA – Foi, para mim, um momento de glória. Eu estava fotografando os militares na concentração, antes do início do desfile. Eram vários batalhões perfilados na Avenida Rio Branco. Mas, como ainda faltavam mais de uma hora para o início do desfile, eles ainda estavam relaxados e descontraídos. Diante de uma multidão de soldados do Grupamento de Paraquedista, todos com as caras pintadas para a guerra, eu fotografava alguns deles. Foi então que ouvi uma voz que vinha lá do meio do batalhão. “As fotos são para lançar no blog?” Eu me virei e vi um soldado que era todo sorrisos no meio de sua cara pintada de tinta verde e preta. Ele se aproximou e repetiu a pergunta: “As fotos são para o blog?” Eu sorri feliz e encabulado. Então o soldado fez pose ao lado de um companheiro e eu cliquei sua foto. Depois ele voltou para o seu lugar. “Quero ver a foto lá no blog”, disse.


Acho que o meu blog está ficando popular nas Forças Armadas.

Madonna vem aí...

 

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